quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Tributos


Fiquei curioso com uma manifestação sobre o tanto de tributos cobrados nos produtos vendidos no Brasil.
Acompanhando as notícias dos Impostos dos Serviços de Qualquer Natureza repassados com a construção do gasoduto Coari-Manaus, os municípios contemplados deveriam expor com a população a melhor maneira de investir este dinheiro.
O João Plenário (personagem do programa A Praça é Nossa) tem tantos e tantos projetos que nem ele entende e o que mais se fala no Brasil é sobre projetos. Será que o planejamento sem a participação de quem vai usufruir (em tese) vai dar certo?
Claro que não.
Não adianta mandar os caboclos plantarem algo estranho numa terra que conhecem como a palma de suas mãos, sem enganjar o conhecimento deles, com o dos técnicos formados em banco de escola.
Gestão Participativa é a possibilidade de juntar o planejador com o executor. Talvez assim, caminhando juntos, o projeto dê certo, com isso o tributo será bem investido.
Agora, forçar os governantes a praticarem estas discussões talvez seja necessário.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Folclore Coariense

As crianças em Coari eram "educadas" à obediência aos pais pelo fator medo. Assim para não ficarem muito tempo na rua, eram relembradas da existência de pessoas que "viravam" bichos.
Havia um homem no alto do bode que virava bode e uma mulher na Rua Gonçalves Ledo que virava porca. No dia em que eles estavam virando bichos, criança nenhuma ficava na rua. O medo era maior do que a vontade de brincar.
Dos que viravam bicho, a mais importante era a mulher que virava porca.
Quando a senhora da Gonçalves Ledo discutia com seus familiares, já se sabia que neste dia ela virava porca. As crianças eram alertadas a saírem da rua. O medo as levava para casa e enquanto a situação não se normalizasse, não voltavam para as brincadeiras na rua.
A história era tão "verdadeira", que houve um dia a porca foi ferida por um senhor que lhe acertou com um punhal na coxa. No outro dia, a "porca", já retornada a situação de gente, amanheceu com um enorme curativo na bunda.

Fonte: Edilson Matos Cavalcante.

domingo, 26 de novembro de 2006

História


Recebi do meu irmão:
LOURINHO:
NO FINAL DOS ANOS 60, O MAIOR COLÉGIO DE COARI ERA O PERPÉTUO SOCORRO. MANTIDO PELA MISSÃO DOS PADRES REDENTORISTAS NA AMAZÔNIA E PELAS ADORADORAS DO PRECIOSÍSSIMO SANGUE. EXCETO OS DOIS SECRETÁRIOS (EDILSON - CURSO GINASIAL E HÉLVIA NO CURSO PRIMÁRIO) OS DEMAIS DIRIGENTES, PROFESSORES E COLABORADORES ERAM FREIRAS. NO COLÉGIO A PALAVRA PROFESSORA ERA SUBSTITUÍDA POR "IRMÃ FULANA". OS PRIMEIROS PROFESSORES "NÃO FREIRAS" FOI O EDILSON CAVALCANTE E O AQUINO MONTEIRO. AMBOS LECIONAVAM MATEMÁTICA. O PROBLEMA NAS PRIMEIRAS AULAS ERA O SEGUINTE: PELA FALTA DE COSTUME DO NOME PROFESSOR E SIM "IRMÃ", OS ALUNOS COSTUMAVAM CHAMAR O PROFESSOR DE "IRMÃ", RETIFICANDO LOGO EM SEGUIDA, COM O PEDIDO DE DESCULPAS. O PROBLEMA DUROU POUCO - FELIZMENTE.
UM ABRAÇO:
EDILSON

sábado, 25 de novembro de 2006

Orquestra de Coari


A participação do público foi pequena, mas estava bem ensaiada. Sob a regência do Maestro Júlio Cézar a orquestra estava dislumbrante.
Conforme informações de uma funcionária da Secretaria de Cultura que estava atendendo no próprio local da apresentação, na quadra da praça da catebral, no centro do Município de Coari.
As informações não foram bem dadas aos visitantes. A funcionária foi muito educada, mas os seus "chefes" não as informaram de uma maneira melhor, coisas de administração centralizadora, onde poucos querem levar o mérito. Isto acontece muito no serviço público, pois o funcionário e/ou secretário pensa em manipular informções para não ser substituído.
A nossa cultura não inclui participarmos de atividades culturais. É comum o amazonense não conhecer o teatro amazonas ou atividades culturais que acontecem com raridades nos municípios do interior. Entretanto é sempre louvável qualquer manisfestação popular através da música. As atividades em Coari giram sempre em torno do álcool, quem não bebe não tem para onde ir. Fazemos parte de uma geração que não participa de nada se não tiver uma boa cervejinha para o acompanhamento.
A leitura é uma boa saída para a falta de atividades de lazer, pois viajamos no tempo e no espaço através da imaginação. Além de nos colocar no mundo em que vivemos, compreendendo-o.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Merenda

Todo dia de aula, meu pai nos dava dinheiro para merendar na hora do recreio, quando estudávamos na Escola Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O valor, no início, não lembro bem, mas dava para comprar um totó e um pão doce. Era delicioso demais.
Lembrando: o papai era ferreiro, consertava espingardas, e a mamãe dona de casa.
Quando cresci um pouco mais, nosso pai aumentou a merenda, que agora dava para merendar no seu Bebé, um sonho de pastelão, desejado por muitos alunos que não podiam comprar. E bote desejo nisso.
O que mais marcou foi à compreensão do Nego (nome carinhoso do papai) que sabendo do vício de fumar do Wilsão - o papai nunca fumou e odiava este vício - dava o dinheiro da merenda no mesmo valor da carteira de cigarros, isto é, o Wilsão ganhava para merendar um pouco a mais do que eu.
Saudades da compreensão dos meus pais, que não tiveram estudos, mas aprenderam com a vida, pois criaram além dos 11 filhos, toda a família tanto por parte do papai como por parte da mamãe.
Lembrando: O papai tendo sido maltratado pelo seu padrasto o acolheu na hora de sua morte, tendo o Sr. Ernesto morrido em sua casa.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Copa dos Rios


A participação do futebol coariense na Copa dos Rios foi explêndida. Não foi dessa vez, mas Coari fez uma grande participação.
Verificamos dentro deste quadro que o esporte cresceu muito no município de Coari. Um dos resposáveis por este crescimento foi o Vice-prefeito Rodrigo Alves, um grande goleiro da seleção coariense de futebol de salão.
Com relação a Coari se transformar num grande polo desportivo é muito difícil, pois só temos um campo de futebol em precária situação e mais de 10 quadras esportivas. No entanto, só tem duas com condições oficiais de jogo, as restantes não condizem com a realidade poliesportiva exigidas oficialmente.
As empresas responsáveis e/ou governantes deveriam prestar um pouco mais de atenção no que fazem ou perguntem de quem conhece do assunto, pois construir por construir sem planejamentro futuro, não é o que se espera de incentivo ao esporte coariense.
Esporte é cultura e o planejamento é essencial para dar continuidade aos trabalhos de muitos: Finado Mariano, Lúcio Barreto, Zacarias, Cézar, Manoel Queiroz, Jessé, Vica, Josué Pereira, Tony e Dalva, Wilsão, Josué Pereira, etc...

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Nova forma de propaganda.

Coari está sendo invadida por uma nova onda jovem. O jovem tende a gostar de mudanças e a não aceitar os padrões sociais impostos pela geração anterior. No entanto, há cada mania de tirar o fôlego dos pais de famílias.
Além do álcool, do fumo e das drogas, Coari está entrando num mundo de "tirar a roupa". Explico, está rodando na cidade fotos de meninas nuas - só ouço comentários´- por sinal sorrindo para as câmeras digitais, que produzem fotos fáceis de serem transferidas ou pela internet ou por qualquer tipo de pen drive.
Estas meninas ou são imaturas demais ou estão querendo se mostrar mesmo, talvez interessadas em algum tipo de divulgação para consolidar a prostituição.
A coincidência com a chegada da construção do gasoduto é tremenda, pois aumenta tudo o que não presta em nosso município, desde o álcool, as drogas mais pesadas até a prostituição adulta e infantil.
A prostituição é muito antiga, mas esperamos que não se torne tão banalizada na sociedade coariense, pois conhecemos onde vai dar e o rumo tomado não é muito bom para os nossos jovens, vão deixar de estudar pelo dinheiro fácil e a beleza acaba tão rápido...

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Centralização


O Pároco Padre Voney está causando o maior reboliço na administração da igreja católica no município de Coari.
Enquanto todos lutam por uma administração dinâmica, o Pároco Voney está centralizando toda as economias das igrejas numa única igreja, a do centro é claro.
Talvez este padre ditador não saiba do grande avanço que aconteceu no bairro de Tauá-mirim, representante do São Francisco. Os coarienses viajavam para o município de Anamã e a equipe organizadora do Arraial de São Francisco conseguiu transformar uma festa medíocre em um grande acontecimento em Coari, maior de todas as festas deste município.
Tenho pena dos voluntários da comunidade, trabalharam para engrandecer o evento e aparece um Zé Mandão para desconfiar de todo mundo.
Unificar todas as contas em uma só é querer além do que tem direito, isto é, a igreja do bairro, filial, depois de fazer sua arrecadação fica com 35% do lucro, pois 50% vai para a Prelazia, 10% para os Padres Redentoristas e 5%´para os Seminaristas. A igreja administrava os 35% do seu trabalho. No entanto, com essa nova administração, a Catedral além de administrar os seus 50%, ainda vai mandar nos 35% das filiais. Com isso, a igreja planeja/faz e a Prelazia fica com a metade do bolo e quando necessita comprar algo, tem que solicitar da Matriz e se "ele" achar necessário manda comprar.
A administração centralizadora vai prejudicar na valorizaçao dos comunitários que trabalham para engrandecer a sua igreja.
A reclamação é geral.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

TOM CLEBER


Coariense é conhecido nos shows como um povo que não participa incentivando os artistas.
Na última terça-feira, dia 14 do corrente mês, aconteceu um show espetacular que nem os organizadores tinham idéia do tamanho da lotação, visto a cerveja ter acabado cedo, e cerveja quente é sinônimo de bar vazio e o Xamego Dela continuou lotado.
A noite correu tranquila, apareceu alguns mal educados que ficavam na frente das mesas. No restante, o show aconteceu dentro da maior paz e animação, como esperado de um povo educado e participativo.
Mesmo sem expressão corporal de símbolos sexuais das novelas globais, chamava a atenção pela voz, como esperávamos. Pagamos para ouvir/ver um cantor de verdade.
Num certo momento, olhei para trás e vi o Xamego Dela todo tomado por cantores que aplaudiam em pé o Tm Cleber.
Coari participou do show.
O cara canta muito.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Hábito Religioso


Os pais tentam aproximar seus filhos da igreja na qual frequentam, levando-os desde crianças. Isto é louvável, funciona mesmo?
Um tanto perigoso é tornar uma obrigação em uma atividade prazerosa, podendo acarrentar num mal estar e num afastamento das atividades religiosas.
Um outro ponto é a falta de atividades direcionadas para as crianças, pois em sua maioria, os pais as levam para as reuniões adultas, prejudicando os objetivos do Pastor/Padre em seu planejamento, que pensa em atividades para a criançada.
A aversão à igreja se dar também pela falta de entendimento dos ritos e mitos de cada religião, pois o entendimento da Bíblia Sagrada é dificultado pela falta de bases históricas, isto é, um livro para ser entendido necessita de um contexto histórico e a compreensão depende da união entre a fé e a razão, só um não resolve totalmente as dúvidas de uma mente mais ou menos consciente.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Destruição do Planeta

A vida na terra está se tornando insustentável. Um dos princípios que rege a destruição do planeta está na falta de controle populacional, onde superlotamos o planeta com seres humanos, acabando com os recursos naturais existentes em nosso meio ambiente.
Quando os humanos eram nômades, a população não crescia tanto, pois era regulada pelos alimentos encontrados em determinada região. Com o nascimento da agricultura e da criação de animais, a raça humana começou a se estabilizar e a produzir alimentos em abundância, fortalecendo os grupos sociais que estavam se unindo para aumentar a produção e consequentemente o aumento da população foi inevitável, pois quanto mais alimento, maior o número de indivíduos.
A revolução industrial trouxe mais comodidade ainda, provocando um aumento respeitável na produção, tanto de alimentos, quanto da população.
A humanidade está a cada dia excedendo seus limites populacionais, aumentando em muito a densidade demográfica em todas as regiões do planeta.
A seleção natural seria uma saída para o controle da natalidade, mas é muito dolorosa para todos, pois mesmo que a produção de alimentos seja suficiente para alimentar duas vezes a população da terra, vemos pessoas passando fome pela má distribuição das riquezas em nosso sistema capitalista.
A seleção natural do controle de natalidade está acontecendo em todo o planeta, é desconfortante para todos nós, mas é a lei da natureza.
Um outro controle é investir em pesquisas e adotar um medicamento que possa ser distribuído para a população, ou masculina ou feminina, não importa.
No entanto, temos que andar depressa, pois necessitamos de no mínimo duas gerações para aceitar as novas mudanças

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Assembléia de Deus


Na pessoa do Pastor Queiroz e de todos os organizadores da igreja, queremos parabenizá-los pelo ótimo trabalho que vem realizando com os jovens de coari.
É respeitável o trabalho desta narureza, pois enquanto muitos jovens estão usando drogas e se prostituindo, a Assembléia de deus arrasta centenas de jovens para passar o final de semana na Vila Peniel, estudando a bíblia e discutindo seus problemas, aprendendo a encarar a realidade com uma atitude consciente.

Lembrei do Padre Jackson que uma vez nos esperou de uma festa no Tijuca e nos fez caminhar pela cidade cantando, amanhecendo na Catedral, louvando a Deus com músicas jovens.
Padre de atitude...

domingo, 12 de novembro de 2006

Programas Sociais


Um país tremendamente rico como o Brasil que tem a 3a. maior frota de aviões particulares mostra a seu povo o tamanho do contraste na distribuição esta riqueza entre os seus habitantes. Uns têm de mais enquanto outros têm de menos.
Ganha-se com isso os políticos que introduz programas sociais para "amenizar" o sofrimento de "seu povo". No Brasil, são tantos programas que atendem de uma maneira precária à população discriminada na distribuição das riquezas. Há uma necessidade real desta camada pobre, que em sua maioria luta sem os preceitos básicos de conscientização para a busca de dias melhores. Até o controle de natalidade é descartável as camadas mais pobres, elevando em muito as dificuldades na luta pela sobrevivência.
o atendimento é para chamar a atenção de toda a sociedade, parece que faz de propósito, pois as grandes filas trazem sofrimento. É um sistema de divulgação e/ou propaganda eficaz, banalizando de vez a situação das pessoas pobres.
Em contra-partida, o povo agraciado com o auxílio faz o seu agradecimento através da confirmação de seu voto, elegendo seus representantes para um segundo mandato.
Obviamente, fica difícil para a sociedade ficar contra esta atitude assistencialista do governo, pois todos têm a vontade de ajudar.

Comentário Anônimo

UMA VITORIA PARA A JUSTIÇA E PARA COARI. ESSE JUIZ É DOS BONS.
GOSTARIA QUE VOCE MAGNIFICO PROFESSOR DESTACASSE ESSE ASSUNTO EM SEU BLOG AO QUAL SEMPRE VISITO. N.A.
Quinta-feira, Novembro 09, 2006.
Acusado de matar vai ser julgado Mais de 11 anos depois da morte do então prefeito do município de Coari (a 363 quilômetros a sudoeste de Manaus), Odair Carlos Geraldo, o acusado de ter atirado contra ele, Arnaldo Almeida Mitouso, será levado a julgamento pelo Tribunal do Júri. Ele pode ser condenado de seis a 20 anos de prisão.Francisco Almeida Monteiro, conhecido como ‘Romão’, também será julgado por ter atirado contra Arnaldo. Segundo o inquérito policial, a tentativa de assassinato ocorreu depois que o prefeito havia sido ferido com dois tiros por Arnaldo, no dia 13 de agosto de 1995. A pena de ‘Romão’ pode chegar a 13 anos de prisão.Segundo o juiz Hugo Levy, que acolheu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra os dois e encaminhou o julgamento ao Tribunal do Júri, o processo estava parado desde 2002. “Um feito que se iniciou no já longínquo ano de 1995, (...) parado desde o dia 14 de janeiro de 2002, sem qualquer justificativa para tanto, a não ser que se esteja esperando que ocorra a prescrição (...) sepultando a esperança de Justiça de toda a população coariense”, disse.O crime aconteceu depois que Arnaldo descobriu que o irmão dele, Adalberto Almeida Mitouso, foi preso, a pedido do prefeito, como ele contou à polícia na época.Arnaldo informou em depoimento que procurou mais informações sobre o caso e descobriu que o irmão já estava solto, quando cinco homens, que ele disse ter sido sob ordem de Geraldo, agrediram-no na saída de um bar.Durante a confusão, foram ouvidos dois disparos e um deles atingiu Arnaldo, que conseguiu fugir e atirar duas vezes contra o prefeito. Após atingir Geraldo, Arnaldo foi atingido por outro tiro, disparado por ‘Romão’.Os outros quatro homens envolvidos no caso foram acusados de lesão corporal, mas não serão levados a julgamento por causa da demora na condução do processo, que resultou na prescrição do crime (quando os autores não podem mais ser punidos).De acordo com Levy, ainda cabe recurso da sentença que encaminha o julgamento ao Tribunal do Júri. “Acredito que em cerca de seis meses eles deverão ser julgados pelo Tribunal”, afirmou. O juiz, que é lotado na capital, está respondendo pela comarca de Coari enquanto a juíza titular está de férias. “Não vi outros processos parados desta forma. Existe atraso, mas não de todo este tempo. Também não sei o motivo pelo qual o processo ficou parado”, declarou Levy. Arnaldo foi candidato a deputado estadual este ano e candidatou-se à Prefeitura de Coari, em 2004.
Fonte: Diário do amazonas
11/09/2006 8:25 PM

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Dia de Todos os Mortos

Frustrado ao encontrar a morte e não ter como vencê-la e tendo que sofrer diante dela quando perde entes queridos, o ser humano procura justificá-la sempre, recorrendo às escrituras sagradas, onde aprende que foi criado do barro e ao barro voltará, adquirindo a certeza do inevitável fim. Diante da perda tão traumática, o homem criou um sistema de defesa contra a morte, o esquecimento. Depois do sofrimento vem um anestésico, em que as lembranças vão se diluindo com o tempo, a imagem querida vai tornando-se embaçada na memória.
Nasce desta frustração a necessidade de tornar-se eterno. Primeiramente põe suas esperanças na procriação, eternizando suas características genéticas. Enquanto a mulher era responsável pela seleção natural, o homem, a força, a forçava a manter relações só com um parceiro, nascendo a monogamia, pois necessitava ter a certeza de que a prole que estava criando carregava realmente sua descendência genética.
Outra saída na luta contra a morte foi a criação do "céu", onde mesmo que seu corpo não agüentasse, a sua alma iria ter vida eterna. Passou a pensar que a morte não era o final e sim o início de uma nova vida.
O culto aos mortos nasceu de uma necessidade religiosa, onde o criador iria ressuscitar o ser humano para uma vida eterna. Depois de cerca de mil anos de comemoração, o dia de finados passou para um patamar além da religião, fazendo parte das paixões do ser humano, da necessidade de homenagear um ente querido que se foi para uma "vida melhor", retirando o peso da perda, resguardando as lembranças boas que não podem ir também.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Saudades do antigo BEA

Dia de Todos os Santos

A humanidade sonha em realizar o bem, em praticar boas ações, proteger a nossa casa (terra), cuidando uns dos outros.
Dentro do quadro mundial, não conseguimos realizar ações que visem o bem comum. No entanto, tentamos nos agarrar em um ser supremo, desejando a nossa imortalidade. Algumas pessoas nos realizam em nossas vontades, são pessoas que tentaram ficar o mais próximo possível do absoluto. Essas pessoas são lembradas por realizarem ações conforme os padrões cristãos que almejamos seguir e não conseguimos.
Além disso, pretendemos continuar com fé em Deus e como não conseguimos, nos sentimos realizados com as ações dos outros. A eternização de nossa fé encontra-se nos Santos, que por ventura estão ajudando o criador na manutenção de sua criação, intervindo por nós quando necessitamos.
Homenagear nossos representantes (os Santos) é absolutamente necessário para a manutenção da fé humana.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

História da Bíblia


500 a.C.: Época em que foram concluídos os manuscritos judaicos que compõem os 39 livros do Velho Testamento.

200 a.C.: Conclusão das primeiras versões da septuaginta, cópia da bíblia judaica, geralmente em tradução para o grego.

100 a.C.: Reunião dos manuscritos em grego que englobam os 27 livros do Novo Testamento.

367 d. C.: Atanásio, bispo de Alexandria, escreve carta pastoral às igrejas sob sua jurisdição em que se refere aos 27 livros como o Novo Testamento.

Final do Século 4: A pedido do papa Dâmaso, o maior especialista bíblico da época, Jerônimo produz a tradução para o latim do Novo Testamento, a chamada Bíblia Vulgata, usada pelos cristãos, pesquisadores e teólogos nos séculos seguintes.

1456: Recém-criada por Johann Gutemberg, a imprensa é utilizada para rodar a sua primeira grande obra: a Bíblia Sagrada.

1514: O Novo Testamento grego é impresso, mas essa primeira versão só seria publicada em 1522. A iniciativa fazia parte de uma Bíblia poliglota, planejada em 1502 pelo cardeal primado espanhol Ximenes de Cisneros.

1516: Produzido pelo humanista holandês Desidério Erasmo, o Novo Testamento impresso é finalmente publicado.

1645: O ministro da igreja João Ferreira de Almeida conduz a tradução do Novo Testamento para o português, mas ela só seria publicada em 1681, em Amsterdã.

1689: O francês Richard Simon lança a obra "Uma História Crítica do Texto do Novo Testamento", pontapé inicial da chamada crítica textual.

1966: Após dez anos de investigação a cargo de um comitê internacional, cinco sociedades bíblicas compilam e publicam uma edição do Novo Testamento grego. Os trabalhos revelam diferenças significativas em mais de 600 passagens da Bíblia.

* Texto copiado na íntegra da Revista Galileu - outubro/2006: Editora Globo.