quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

A Vitória dos que não foram...

Compreender o processo político é um tanto perigoso para quem tenta entender de dentro de um escritório, sem participar ativamente de todo o processo. Como tratar de objetivos sem conhecer a causa e os efeitos do processo em questão. Como fazer sem conhecer. Como compreender sem sentir. Como tentar sentir o cheiro se não há perfume.
Por estes e outros motivos que tanto se discute sobre esporte, política e religião sem ninguém chegar a um denominador comum. Talvez a resposta esteja em não tentarmos entender antes de discutir.
O Coaripolis, sempre com textos interessantes, pois conhece a realidade coariense, não compreendeu o processo político que aconteceu na Câmara Municipal de Coari. Talvez esteja politizado demais e peigoso é a politização, pois não nos deixa enxergar além daquilo que queremos. A alusão a Santa do Pera foi perfeitamente perfeita com o ato de enxergar. Não estamos cegos, não precisamos de promessas para enxergar. Necessitamos sim da Santa para nos ajudar a queimar as cinzas da ditadura como aconteceu no Chile. Precisamos de coragem, isto sim.
Mesmo que por interesse que não seja ligado ao dinheiro, talvez a procura do respeito e dignidade perdida ao longo de dois anos seja realmente a verdadeira face da reeleição ou talvez não. No entanto a cegueira e a coragem pode nos interligar à consciência por tanto tempo perdida. Não por falta dela, mas por sempre termos compromissos firmados anteriormente.
O despreso pela ética cansa a todos nós e nem todos nós nos cansamos. Alguns são tão fortes o bastante a ponto de continuar servindo de servir ao mandatário, pessoa acostumada a mostrar a mão e dizer: - Todos vão comer aqui.
Não acretido mais em revolução, mas acredito piamente na evolução. Evolução que não necessita comprar para algo acontecer e que até milhões não resolvam o problema da manuntenção do poder através da força.
Santa Luzia precisa tirar não a cegueira, mas as pessoas de cima dos pedestais tanto religiosos como políticos e mostrar que o processo evolutivo é humanamente humano.