segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

CÉLULAS-TRONCO

As questões éticas são discutidas pela comunidade científica e religiosa sobre o estudo das células-tronco. De um lado está a ciência, com proposta inovadoras de curas milagrosas nos tecidos e/ou órgãos defeituosos. Do outro lado, existem as questões éticas trazidas pela manipulação de células de seres humanos. O aborto e uma das causas principais desta discussão.
A fecundação do óvulo pelo espermatozóide inicia uma seqüência de reproduções celulares que vem a formar os órgãos do corpo humano. O núcleo de interesse de pesquisa das células-tronco está no seu modo de reprodução, pois elas, no início, reproduzem a si mesmas e mais tarde produzem outras células para a formação de todos os tecidos necessários na formação do organismo vivo. No início é só uma célula, o ovo, que lentamente se multiplica, com quatro dias, o embrião tem cerca de 40 células formando duas esferas ocas, uma dentro da outra. A de dentro formará o feto, enquanto a de fora, a placenta. As células que irão formar o feto, é feita de células-tronco.
Extraídas do embrião, podem se transformar em qualquer órgão do corpo.
A proposta deste estudo é grandiosa na cura:
Doenças neuro-degenerativas – novos neurônios.
Mal de Huntington – correção de neurônios.
Mal de Alzheimer – correção de neurônios.
Mal de Parkinson – correção de neurônios.
Paralisia – corrigem-se os danos causados à espinha dorsal.
Enfarte – recuperação dos tecidos cardíacos.
Cirrose e Hepatite – recuperação de células do fígado.
Diabetes – células novas para a produção de insulina.
Queimadura – regeneração dos tecidos da pele.
Artrite – regeneração de embriões.
Osseoartite – restaura a ligação de ossos e tendões.
Transplantes – células-tronco geram qualquer órgão.
Mas, para se conseguir estudar tantas esperanças, é necessário se pensar em como adquirir as células-tronco. Quando se retira dos embriões, implica na destruição dele.
Conforme as religiões, no ato da fecundação do espermatozóide com o óvulo acontecem a vida, pois se retirar a células-tronco do embrião provocará aborto. A Igreja Católica defende a existência de vida humana desde a fecundação, como algo divino. O Islamismo condena a clonagem terapêutica, aceitando a doação de órgãos como a solução para a cura destas doenças. Quanto ao Judaísmo, a clonagem é condenada firmemente. Já o Espiritismo, aceita em parte, mas condena a manipulação de células-tronco sem a preocupação com questões espirituais.
Todos os pensamentos estão voltados para a questão do aborto. Devemos discutir se a vida começa na hora da fecundação, no nascimento ou na tomada de consciência do indivíduo.
Para verificarmos necessitamos conhecer as células-tronco:
Totipotentes ou embrionária: conseguem dar origem a qualquer um dos 216 tecidos que formam o corpo humano.
Pluripotentes: quase todos os tecidos.
Multipotentes; em alguns tecidos apenas.
As células-tronco necessárias para a cura de tantas doenças e para a continuidade das pesquisas são as embrionárias, portanto as que necessitam ser tiradas depois da fecundação, provocando o aborto, tão proibidos pelas religiões.
A única certeza é que as células-tronco de origem embrionária conseguem se transformar em qualquer tecido do organismo, portanto essencial para a continuidade da vida de muitos doentes.